Divagação

Por Hesíodo Góes

Apesar de sermos humanos, passíveis de erros, não podemos cair na tentação de sempre reproduzi-los cegamente. Principalmente nós que nascemos como um cidadão e com o tempo adquirimos o título de consumidores de forte potencial. “A proibição de pensar”, como sugeriu o colunista Luis Carlos Lopes em seu artigo - http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4407 - é de vasto interesse corporativista dos principais meios de comunicação. São deles que emanam a teoria organizacional: As organizações dispõem de meios para realizar seu trabalho. Eles influenciam diretamente o resultado desse trabalho, ou seja, o produto final. O trabalho jornalístico é dependente dos meios utilizados pela organização a qual ele responde.

Diante desse raciocínio, por que achamos que temos liberdade de expressão? Por que é dito todas as vezes em que a imprensa “X” é atingida, seja pelo governo, pessoas, empresas, afirmam que todos os veículos de comunicação tem direito à liberdade de expressão?

É proibido pensar que todos os jornalistas fazem parte de uma empresa que visa o lucro. Somente o lucro. É proibido pensar que o jornalista foi um estudante que um dia sonhou, infantilmente, que ser jornalista era sinônimo de soltar o que está preso nas mentes de pessoas desencorajadas. Mas, não é mais proibido trabalhar sem diploma jornalístico, vitória dada à grande indústria jornaleira pela Suprema corte desse país, que se sustentou em vários argumentos insustentáveis, dentre eles o paradoxal “ferimento à liberdade de expressão.” Ora, se nós jornalistas não temos esse direito, quem vai ter?


Saiba mais em artigos sobre o assunto: http://www.fenaj.org.br/diploma/artigos_diploma.htm