30 de out. de 2009

Universitária é agredida e humilhada por usar vestido curto

Por Hesíodo Góes
com informações do Estado de São Paulo

Estudante de turismo da Uniban de São Bernardo do Campo (SP) é humilhada e agredida verbalmente por colegas da própria universidade pelo simples fato dela ter ido assistir aula com um vestido um pouco mais curto que o normal. Um absurdo da era medieval voltou à tona, só faltou ter jogado pedra. Justamente em um território onde se constrói pessoas para a melhoria de nosso país e de nossa sociedade para ter um mundo melhor. É lamentável ter que veicular esse tipo de notícia, mas é válido pelo simples fato que os brasileiros reclamam muito de terceiros, mas não se enxergam quando estão na situação mais degradante e nojenta de nossa sociedade. O detalhe mais absurdo é que se esse fato tivesse acontecido em colégio público ou universidade pública, a opinião pública já teria resposta e motivo na ponta da língua.

Segundo a estudante, que pediu para não ser identificada, o episódio começou "como uma grande brincadeira". Vestida para uma festa que iria naquele noite, ela conta que no início arrancou muitos elogios com seu visual, mas a situação aos poucos inverteu. No intervalo das aulas, um "verdadeiro coral ridículo de gritos de puta" a acompanhou até que deixasse o prédio. O incidente ganhou proporções ainda maiores quando as filmagens da jovem sendo ofendida no campus da Uniban de São Bernardo caíram na internet.

"Conforme foi passando o tempo, os alunos foram se aglomerando na porta da minha sala. Eu não podia sair. Eles a chutavam, pedindo ao professor que liberasse a loira gostosa. Alguns gritavam: 'tira ela do cativeiro'", relata a estudante. "O professor não saiu da sala em nenhum momento, minhas amigas cobriram as janelas e o coordenador do curso chegou com um jaleco, pedindo que eu vestisse."

Depois de algum tempo, a jovem afirma que os seguranças da universidade chegaram. Mas, em vez de ajudá-la, tentaram lhe passar "lições de moral". "Eles foram os primeiros a me recriminar, perguntaram: 'você acha que é bonito o que está fazendo? Então comecei a chorar." Finalmente, uma amiga resolveu chamar a polícia. "Quando soube que polícia estava vindo, um segurança mandou minha amiga calar a boca, disse que não era para ela ter feito aquilo. Um aluno acabou indo para cima dele, deu confusão."

Por fim, de acordo com a estudante, os policias chegaram, dispersando o tumulto com spray de pimenta. "Sai de lá escoltada por seis homens, o mais rápido que pude. Mulheres colocavam celulares na minha cara, corriam atrás de mim, para filmar meu rosto chorando. Os policiais tiveram que me levar até a minha casa." Ela ainda acusa funcionários e professores da universidade de terem a ofendido. "Vi alguns dizendo que eu mereci. Quando passei pela sala dos professores também vi dedos apontados para mim, funcionários da limpeza me xingando. Não foram só os alunos."

Nesta sexta-feira (hoje), a estudante terá uma reunião com a reitoria da Uniban para discutir o incidente. Ela, porém, revela que não pretende desistir do curso. "Eu paguei, pretendo voltar."

A Uniban, em nota, afirmou que instaurou sindicância. "Alunos, professores, seguranças e também a aluna estão sendo ouvidos individualmente", informou. A universidade "pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o regimento interno".

29 de out. de 2009

Promoção do banco HSBC causa mal estar e polêmica entre fotógrafos.


Por Hesíodo Góes com
informações do Estado de São Paulo
Imagem: Hesíodo Góes

Na última sexta-feira (23) o banco HSBC lançou uma promoção no Flickr intitulada "Palco HSBC - O que você tem a dizer?". A meta é reunir obras de usuários do site de fotografia, e as melhores serão usadas em futuras campanhas publicitárias do banco. Entre os temas de foto solicitados pelo HSBC no site estão responsabilidade, honestidade, e trabalho.

Nesta segunda-feira foi enfatizado por alguns usuários do Twitter que a promoção do HSBC não premia as fotos ou os fotógrafos, apenas garante crédito aos vencedores - o que seria, de qualquer forma, obrigação legal do banco (já que o crédito é contemplado pelas leis de direitos autorais). Em poucas horas, as manifestações se tornaram uma campanha de repúdio ao banco intitulada "Diga não ao HSBC", onde usuários do Flickr apregoam suas insatisfações no espaço de comentários do site e no próprio fórum da promoção.

Apesar de não haver indícios de ilegalidade no regulamento da promoção, o tópico sobre a promoção no Flickr não para de crescer, já contando com quase 100 respostas. Um dos usuários, Gutem, defende que "uma instituição que teve um lucro de US$ 88,6 bilhões ano passado se negar a pagar pelas fotos mostra a posição dela para com seus clientes, com profissionais sérios e seus trabalhos, e com o fomento da cultura de um país inteiro".

O HSBC se manifestou na comunidade do Flickr, anunciando que vai mudar o regulamento de acordo com as expectativas da comunidade. De acordo com o administrador do grupo, em tópico chamado Ouvimos vocês - Novo Regulamento, "as (fotos) vencedoras serão devidamente adquiridas pelo HSBC, caso as mesmas sejam utilizadas em campanhas do HSBC".

Em Pernambuco, patrões reafirmam proposta para acabar com exigência do diploma

Por Hesíodo Góes
com informações da Fenaj.


No dia 21 de outubro os empresários de comunicação de Pernambuco foram para a negociação com os representantes dos jornalistas sem nada para apresentar. A única “novidade” foi a sugestão de um texto alternativo para se contrapor à cláusula da categoria que exige a formação em Jornalismo e o registro profissional. O texto proposto diz que “... As empresas se comprometem a contratar PREFERENCIALMENTE profissionais formados em Jornalismo...". Para os representantes do Sindicato dos Jornalistas, tal proposta é uma confissão indireta do principal objetivo patronal nesta campanha salarial: querer que o Sindicato aceite que as empresas contratem quem elas quiserem para ser jornalista.

“A proposta foi recebida como uma provocação patronal. A bancada sindical reafirmou que não haverá negociação sobre a dignidade da categoria. Este é o real interesse que as empresas de comunicação não confessam nos artigos que publicam atacando o diploma em Jornalismo: ter a chance de precarizar otrabalho, reduzir o nível de formação dos jornalistas e reduzir assim a média salarial nas redações” sustenta o Sindicato em matéria onde divulga os resultados da negociação. A retomada das conversações está agendada para o dia 4 de novembro.

Votação da PEC dos Jornalistas é adiada novamente

Por Hesíodo Góes
com informações da Fenaj.

Ao contrário do que se esperava a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados não apreciou, nesta quarta-feira, a Proposta de Emenda Constitucional 386/09. Numa iniciativa protelatória, o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) apresentou voto contrário a PEC dos Jornalistas no dia anterior. Apoiadores da proposta concentrarão esforços para que a proposta seja votada na reunião da CCJC do dia 4 de novembro.

Identificado com os interesses dos empresários de comunicação, na justificativa de seu voto em separado Zenaldo Coutinho usou os mesmos argumentos das entidades patronais para se posicionar contra a PEC dos Jornalistas. Sua iniciativa se coaduna com a estratégia empresarial que, na semana passada, através da publicação de artigo da presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito, em veículos de comunicação de todo o país, buscou influenciar o posicionamento dos membros da CCJC.

Autor da PEC dos Jornalistas, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificou como um tipo de "censura" tanto a prática da grande mídia, que restringe o acesso ao debate quando concede espaço somente a uma versão dos fatos, como a tentativa de barrar a votação da Proposta na CCJ. "É estranho que aqueles que se dizem defensores da liberdade de expressão revelem na prática exatamente o inverso, manipulando e restringindo a discussão. Desde que se começou a cogitar a votação da PEC na CCJ, iniciaram, estrategicamente, movimentos para impedir a análise da Proposta, o que considero uma prática anti-democrática", critica.

Pimenta adianta que, para a próxima semana, juntamente com a FENAJ, o relator da PEC dos Jornalistas, deputado Maurício Rands (PT-PE) a líder da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, deputada Rebeca Garcia (PP-AM) e com o deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) serão desenvolvidos esforços para que a PEC seja votada na reunião da CCJC do dia 4 de novembro.

Há expectativa, também, de que no mesmo dia os deputados Paulo Pimenta, Maurício Rands e Rebeca Garcia sejam recebidos pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, para discutir uma alternativa à decisão que extinguiu com a exigência do diploma.


27 de out. de 2009

Fenaj convoca movimento para garantir aprovação da PEC do Diploma na CCJ da Câmara


Por Hesíodo Góes com informações da Fenaj.
Imagem: Aline Belfort.


A PEC que tramita na Câmara, resgatando a exigência do diploma para o exercício do Jornalismo, será votada nesta quarta-feira, dia 28, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). A Proposta que entra em votação é a de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), e tem como relator, na Comissão, o deputado Maurício Rands (PT-PE). A FENAJ pede a participação de todos os apoiadores da campanha em defesa da profissão, com o envio de mensagens aos parlamentares da CCJ, pedindo a aprovação desta PEC.

Além dos e-mails dos membros da CCJ, a Federação disponibiliza em seu site, ainda, a relação daqueles com twitter. A entidade solicita, também, a continuidade do trabalho pela ampliação dos integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, que já conta com mais de 240 participantes, buscando a adesão dos deputados e senadores de cada estado e/ou região que ainda não aderiram.

Jornalista com diploma! Melhor para o Jornalismo. Melhor para a sociedade.
Na avaliação da FENAJ e da coordenação da Campanha em Defesa do Diploma, a aprovação da PEC 386/09 será a primeira grande vitória na mobilização para resgatar um dos pilares da regulamentação profissional do jornalista. “Será nossa primeira grande vitória no enfrentamento da ameaça de desregulamentação, imposta pelo STF não apenas à profissão do jornalista, mas às demais profissões e à própria sociedade na sua luta pelo controle público e democratização da comunicação”, destaca Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação da campanha.

IV Mostra Recife de Fotografia


Por Hesíodo Góes
Imagem: Hesíodo Góes

Será realizado pela Prefeitura do Recife a IV Mostra Recife de Fotografia com a finalidade de promover a produção local e nacional de fotografia nas suas mais diversas linguagens. O evento faz parte da 3ª semana de fotografia do Recife e acontecerá no período de 15 a 21 de novembro de 2009. Todos os fotógrafos podem participar, desde o mais profissional ao mais amador. Os interessados devem enviar seus trabalhos em formato digital (CD, DVD ou Internet) com tempo de duração entre um e seis minutos, apresentando fotografias de forma seqüencial, com ou sem áudio. O tema é livre e o suporte para captação das imagens pode ser digital ou analógico.

Inscrições são gratuitas e deverão ser efetuadas no período de 16 de outubro a 2 de novembro de segunda a sexta das 9h às 12h, e das 14h às 16h, atravéz dos seguintes meios: na Gerência de Serviços de Fotografia (Av. Montevideu, 114. Boa Vista. Recife-PE. Cep: 50050-250), por Correios, enviando para IV Mostra Recife de Fotografia, no mesmo endereço, com data de chegada na gerência até o dia 3 de novembro de 2009; via e-mail, para o endereço mostrarecifefoto@gmail.com anexando os arquivos necessários. Para maiores informações ligue: 81 3232 1525 ou 3232 1510.

Parabéns...


Por Hesíodo Góes
Foto: Ricardo Stuckert



Hoje nosso "querido presidente" Luiz Inácio Lula da Silva, comemora 64 anos de vida e mais de 30 anos de luta à favor da democracia. Presentes é o que não faltam. Um deles é sua popularidade oscilando entre 80% e 85%. Porém, o maior de todos, tenham certeza, seria a vitória de sua companheira Dilma Rousseff nas eleições de 2010. E vocês? O que desejam do fundo do coração e/ou dariam de presente ao presidente da república?


Obs: Dona Marisa confirmou ao vivo no programa CQC (Band), que o jantar vai ser feito por ela. Mas, respondeu com um pouco de nervosismo que não sabe se vai chamar Collor e Sarney, mas que "os ministros com certeza serão convidados". Talvez eles queiram uma fatia desse bolo.

23 de out. de 2009

Lula, o Filho do Brasil


“Sertão de Pernambuco, 1945. Menos de um mês após Aristides partir para São Paulo com uma mulher bem mais nova, dona Lindu dá a luz ao seu sétimo filho”. Essa é a sinopse do filme “Lula, o Filho do Brasil” de Fabio Barreto. O filme vai abrir o 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro no dia 17 de novembro e será lançado nacionalmente no dia 1º de janeiro de 2010. O longa metragem é uma cinebiografia do atual presidente brasileiro, desde seu nascimento até a morte de sua mãe. A obra foi extraída do livro homônimo da jornalista e ex-assessora do presidente Denise Paraná. Ela também assina o roteiro com Daniel Tendler e Fernando Bonassi.

O filme causou desconforto a críticos do cinema nacional e à opinião pública, pois ele é um dos mais caros feitos no Brasil (custou mais de R$ 17 milhões). Alguns acham que o filme é uma estratégia para as próximas eleições de 2010 e pode beneficiar a candidata do PT Dilma Rousseff.

Luiz Carlos Barreto, além de pai do diretor do filme, também é o produtor. Em entrevista à Folha de São Paulo ele afirma que está se “lixando para a eleição, de dona Dilma ou de quem quer que seja". A pouco mais de sessenta dias do lançamento, ele também afirma que se sente vítima de “pré-censura” e conclui que a obra “não tem nenhum vínculo político”. O longa está sendo patrocinado por grandes empresas, entre elas estão a Odebrecht, Volkswagen e Ambev.

Leia a entrevista:

- O senhor tem afirmado que espera 20 milhões de espectadores para "Lula, o Filho do Brasil". É um número pretensioso, não?

Luiz Carlos Barreto - O filme parte do princípio dos 5 milhões. Se puder ir a 10, 15, 20... Não é impossível. Nos anos 70, os filmes faziam até 10% da população brasileira. "Dona Flor [e seus Dois Maridos]" fez 12 milhões quando o país tinha 120 milhões [de habitantes]. Hoje, temos 180 milhões. Sonhar em fazer 15, 16, 18 milhões, é um sonho, mas é realizável. Aí é que entra a necessidade de trabalhar fora dos padrões normais, de se lançar um filme fora dos mecanismos normais. Você começa a procurar formas de atrair o público que não tem o hábito de ir ao cinema, de adequar a política de preço às classes de baixa renda.

- Trabalhar "fora dos padrões" inclui usar mecanismos do próprio governo?

Barreto - É absolutamente uma má interpretação dizer que o filme está procurando a máquina governamental. Ao contrário, estamos longe da máquina governamental, das máquinas partidárias. O filme não tem nenhum vínculo político, mesmo porque não se pode fazer um filme político. Quando você faz promoções, você tem que encontrar os canais. Atrair a classe de trabalhadores, funcionários públicos, aposentados. Se eu quero atrair estudantes, eu vou atrás da UNE. Fomos procurar as centrais sindicais. Elas não são máquinas do governo.
Texto: Hesíodo Góes
Imagem: Divulgação

22 de out. de 2009

César Tralli dá palestra na Católica.


O repórter da Rede Globo César Tralli apresentará a palestra “Segurança: uma questão de cidadania” na Católica, nesta sexta-feira (23), a partir das 9h. O evento, que será realizado no auditório G2, localizado no primeiro andar do bloco G, integra a programação da 7a Semana de Integração Universidade Católica e Sociedade. A entrada é gratuita.
César Tralli é repórter do Globo Repórter e do Jornal Nacional e apresentador do SPTV (versão paulista do NETV). Aos 24 anos, em 1995, tornou-se o correspondente internacional mais novo na história da emissora, ocupando o cargo em Londres até 2000. Destacou-se pela cobertura de conflitos no Oriente Médio, o acidente nuclear de Chernobyl, o assassinato do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, o terremoto da Turquia e a morte da princesa Diana. Participou, ainda, das reportagens sobre os atentados do 11 de setembro, as Copas do Mundo de 1998 e 2002 e as Olimpíadas de 2004 e 2008. No Brasil, César Tralli atuou como repórter investigativo no caso do juiz Nicolau dos Santos Neto, na prisão de Paulo Maluf, do contrabandista Lao Kin Chao e do narcotraficante Juan Carlos Abadia, na operação Anaconda e na Máfia do Apito. Pelo trabalho de 18 anos como jornalista televisivo, recebeu os prêmios Comunique-se (“Melhor Repórter de Vídeo do País”), Embratel de Jornalismo (na categoria “Televisão”), Grande Prêmio Rede Globo de Televisão e Troféu Barbosa Lima Sobrinho.


Fonte: Unicap

21 de out. de 2009

Pirralho Cabeção


Eu quando o conheci, ele tinha apenas um ano e alguns meses e assim como todo ser humano, passei a julga-lo de: lindo, mimado, chorão, insuportável, amigo, criado com vó, carinhoso, desatencioso, inteligente, esperto, carente, amado, buchechudo, brincalhão(bote brincalhão nisso, parece que não cansa!), saudável, *telecteque, adora *amergos, morre de rir quando beijam a boca de sua tia, odeia que mexam em seus cabelos... Uns o chamam de grego, outros de bunda murcha e xuxú. Mas eu o chamo de Pirralho Cabeção!!

Obs: ele nem imagina o quanto eu gosto quando passou a me chama de "tio Hesíodo". Antes era: Udído e Edíldo. Amo você Vitor Raniere da Rocha Borba Pirralho Cabeção.

*Apelidos e nomes que o pai dá sem explicações. Ele é louco!


Texto: Hesíodo Góes.
Imagem: Hesíodo Góes.

13 de out. de 2009

Palhaço

Por Hesíodo Góes
Imagens: Hesíodo Góes



Tava lendo sobre palhaços e achei isso no Wikipédia: "Nos dias de hoje, um palhaço é um ator ou comediante cuja intenção é divertir o público através de comportamento e maneirismos ridículos. O local de trabalho mais comum dos palhaços é o circo, mas também pode trabalhar em palcos, teatros, rodeios, ou como apresentadores de rua ou da televisão.
Embora nem todos os palhaços possam ser facilmente identificáveis através da aparência, palhaços frequentemente aparecem pesadamente maquiados e fantasiados. Tipicamente, usam sapatos grandes, roupas largas ou em tons berrantes, com cores brilhantes e em padrões não usuais, ou cheias de remendos. Também costumam usar chapéus alegóricos, perucas ou penteados com estilos ou cores incomuns, além de um falso nariz redondo, geralmente de cor vermelha, esta última sendo uma característica intimamente associada ao conceito."
Sim. Mas, e eu, você e os outros? Qual conceito de palhaço vai ser dado a cada um de nós?!
PALHAÇADA!

V Festval de Circo do Brasil, praça do Arsena, Banda Gigante.

11 de out. de 2009

Seja



Seja imaturo, besta, ridículo.
Seja honesto, não minta, cometa gafes.
Seja espontâneo, livre, sem vergonha.
Seja chorão, sorria e depois chore de novo quantas vezes quiser. Faça chilique, tenha faniquitos.
Seja incoveniente, chato, fora de hora.
Seja fantasioso, imagine o mundo da forma mais grotesca que lhe achar conveniente.
Seja uma marionete de adultos, faça tudo que eles querem. Mesmo sem vontade.
Seja infantil nas horas mais desnecessárias. Erre quantas vezes quiser.
Seja um bobalhão.
Seja agoniante.
Seja carinhoso.
Seja paciente. Ande com pessoas mais velhas e fique calado o tempo todo, pois escutando se aprende mais.
Seja chato com as meninas. Mas não diga a ninguém que você está apaixonado por alguém. Apenas mande uma cartinha para a pessoa amada com uma poesia e no final dela pergunte se ela quer namorar com você. Dê duas opções de resposta com quadradinhos abaixo da pergunta.
Seja desobediente. Mas, lembre-se que levarás uma pisa pela insistencia.
Seja ingênuo. Acredite em tudo, mas não confie em estranhos.
Seja nojento, não tome banho sem ter vontade. Mas, se tomar, suje-se novamente.
Seja feliz, ame a natureza, corra além do infinito(feche os olhos enquanto faz isso. É bom.), Volte a ser criança. Seja criança! Seja o amor. Reviva a melhor época de sua vida, lá tudo é perdoável.
Portanto, hoje faça tudo que você um dia já foi e fez, se permita. Quem sabe talvez o mundo consiga ser diferente, mais puro, se todos nós evoluirmos em criança(pelo menos todo dia 12 de cada ano).
Essa é a minha "simples e boba" homenagem àquelas que me fazem sentir bem e que alegram qualquer ambiente familiar, por mais destruído que ele estiver. Essa é uma "ridícula e honesta" homenagem a um sonho ainda não realizado, que é ter uma criança em meus braços e dizer o quanto eu sou feliz em ser se pai.
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS

Feliz dia das crianças

Texto Hesíodo Góes
Imagem: Hesíodo Góes


7 de out. de 2009

Liêdo Maranhão na VII Bienal Internacional do livro de Pernambuco.


Ontem, dia 06 de outubro, Liêdo Maranhão lançou seu livro, ”Retrato Lambe-Lambe”, pela editora Bagaço na VII Bienal Internacional do livro de Pernambuco. Muito feliz e satisfeito pelo trabalho de edição e vivendo um momento feliz em sua vida artística, ao lado de sua esposa, Bernarda Maranhão, ele não cansava de afirmar que tudo estava uma “beleza.”

Nas primeiras décadas do século XX era lugar comum encontrar fotógrafos Lambe- Lambe em parques, mercados, praças, ruas, com um “caixote” esperando para registrar momentos, situações, retratos para documentos ou imagens com as mais diversas finalidades. A origem do termo é passível de controversas, desde a crença que se lambia a placa de vidro para saber qual era o lado da emulsão ou ainda que a saliva acelerava o processo de revelação do negativo.

Liedo Maranhão

Diante deste cenário apresentado, de uma das figuras de destaque na cultura popular, o “Fotógrafo Lambe-Lambe”, Liêdo Maranhão de Souza, colecionador e pesquisador da cultura popular, apresenta de maneira singular e despojada, uma série de artigos que retratam a realidade nordestina popular. O Camelô Fazendeiro, Pedro Fome negra, Mané da burra, Garganta de aço, Pedro Apito, Severino Bacurau, Mister Zeba, Maria doida, Zé Tavares, são algumas das grandes “figuras populares” encontradas nesta obra que compõem uma rica e extensa publicação falada, contada e escrita por Liêdo Maranhão.

A potencialidade cultural encontrada nesta obra emerge na importância da preservação e disponibilização de uma parte da identidade essencialmente popular da memória nordestina, onde o grotesco e o sublime, o vulgar e o elegante interagem, resgatando e apresentando formas de expressão de grande relevância para a memória popular brasileira.

Esta obra reúne uma parte da coletânea de artigos publicados de Liêdo Maranhão na Coluna “Retrato Lambe-Lambe” da Revista Nordeste Econômico, tendo como Marco Aurélio o autor da revista.
Texto: Vildeane Borba
Imagens: Hesíodo Góes

3 de out. de 2009

Corpo


E dando continuidade aos poemas eternos de um grande homem, segue mais um intrigante significado de morte para ele. Ele que por vezes em vida se demonstrou, quando não precisava dela, ser um homem de pouca fé e materialista. Creio que isso ocorreu pelas convicções políticas que sustentaram seu ego imenso.



NO TÚMULO


"LÁ DENTRO O CORPO, SILÊNCIO, DEPOIS VERMES
E O QUE SAIU, PRA ONDE FOI?
TRANSFORMOU-SE EM ÁTOMO A VAGAR?
FOI PELO ESPAÇO?
E SUA IMENSIDÃO?
OU FOI À PROCURA DE UM NOVO LAR?
É MISTERIO. SOMENTE SABEREI QUANDO LÁ CHEGAR."


Texto extraido das "Divagações" de Hesíodo F. Campos Góes.


ps: tenho certeza que essa dúvida já foi esclarecida em seu novo lar.

1 de out. de 2009

Sem opção.

Por Hesíodo Góes


Estamos sem opção. Universitários desempregados, estudantes desiludidos. É claro que existem os mais sortudos, os escolhidos “divinamente” pelo mercado. Esses fazem parte do seletivo grupo de pessoas que gostam do que fazem e são felizes por isso, pelo menos profissionalmente. Não tenho nenhuma tese ou pesquisa para me basear e sim a convivência com a realidade alheia e própria, assim sendo, é possível afirmar que grande maioria das pessoas não são realizadas profissionalmente, apenas estão lá pelo dinheiro, status, ou por falta de opção mesmo, atrelada à responsabilidade familiar.

A parte sofrível de universitários que lutam por uma simples vaga de estágio tem que se adequar às “gambiarras” oferecidas pelo mercado em relação ao seu curso. A exemplo disso fui chamado para trabalhar (estagiar) em uma empresa de cobrança via telemarketing. O discurso do dono/ entrevistador da empresa me persuadiu quando foi afirmado que como faço jornalismo “o telemarketing seria um ótimo exercício, via oral, para me comunicar com as pessoas com maior facilidade” e que “para minha vida profissional seria uma experiência única.” Mesmo não tendo nada a ver comigo, fiquei. Fiquei porque estava precisando da merreca que eles pagariam. Fiquei, mas não durei um mês e não incentivo as pessoas a fazerem esse tipo de trabalho, é loucura!
Outra vez estava trabalhando em um almoxarifado e estavam precisando de estagiários. Perguntei em que área ele trabalharia. Ele trabalhou ao meu lado carregando peso e nem carteira assinada o universitário do curso de administração tinha. A empresa queria estagiários com funções de estivadores, pedreiros, marceneiros, auxiliar de limpeza. Claro, sem desmerecer essas profissões que não necessitam de estagiários universitários.

A moda de uns tempos pra cá é fazer concurso público. Essa moda é tão forte que: ou o individuo está empregado, é desempregado, universitário, ou “concurseiro”. Isso significa que mais uma classe de desesperados foi criada. Uma coisa é concorrer a uma vaga em que se identifica, que escolheu para a vida mesmo depois se decepcionando. Conheço pessoas que querem fazer o curso de direito para futuramente fazer concurso público como se fosse uma pós-graduação remunerada. Errados? Não, certíssimos. Tem mais a ver com eles.

Em uma mesa de bar, certo dia, a pauta da vez era: Concurso público e qual felicidade real ele pode te oferecer? Parece título de reportagem ou de capa de revista, mas foi uma discussão polêmica e repleta de dúvidas. Uma amiga (concurseira) dizia que “o mundo andava cheio de poucas opções” e a outra indagava que “não tem dinheiro no mundo que pague o amor pelo trabalho.” Eu, pra ser sincero, concordo com as duas. De um lado, “o mundo” está mesmo com poucas opções. As pessoas aprendem a gostar do que fazem e se acostumam, mas não porque querem e sim por necessidade, mas para isso também necessitam de forte dedicação. Em contra partida, elas adquirem estabilidade financeira para o resto da vida. Por outro lado, a questão do “amor pelo que faz” é mais um estímulo para o dia a dia numa vida profissional. Nos primeiros meses, tudo são mil maravilhas, o salário é bom, os sonhos batem na porta com mais frequência. E depois de alguns dez anos? Só com muito amor e dedicação pelo trabalho que se consegue deixar mais estreitos os laços profissionais e pessoais, mas claro sabendo dividir os momentos exatamente como óleo e água.

O bom é não desistir nunca. Trabalhe de graça se for necessário, troque suas mãos trabalhadoras pelo aprendizado, olhe para frente, não desmereça nenhum tipo de trabalho, pois toda experiência é válida. Após a necessidade sempre vem a felicidade assim como após a madrugada vem o amanhecer. Não olhe pra nenhum emprego como um simples “empreguinho de merda que não vai me dar futuro”. O futuro está em nossas mãos, mas ele foge como água.